Peito de Aço
Com a força maior da natureza
Resolvi separar um elemento
E da pedra mais rígida que o cimento
Construi em meu peito a fortaleza
Derretida no fogo a brasa acesa
Modelei um colete que se usa
Protegendo o meu peito sob a blusa
Temperado em alta densidade
Mas fui vitima da crosta da saudade
Qual ferrugem que da no ferro gusa
As partículas minúsculas projetadas
Boleadas no níquel mais brilhante
Bem mais juntas que a de um diamante
Bem mais claras que estrelas cintiladas
Só não foram, porém por mim blindadas
As entranhas da alma em descompasso
De ferrenho ferreiro a um palhaço
Que não soube amar a ferro e fogo
E queimei o amor perdendo o jogo
Por pensar que meu peito era de aço.
Kayson de Oliveira Pires
Fazenda Nova 09 de fevereiro de 2010
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