28 junho, 2012

AGORA EU VÔ PRO DOTÔ!!! - causo de Carlos Aires

AGORA EU VÔ PRO DOTÔ!!!
(CAUSO MATUTO)



Mi proguntaro asto dia
Cumé qui tutais Juaquim?
Respondi sem arrilia
E foi mais ou meno assim
Eu tô mei disleriado
Os mocotó tá inchado
Tô sintinno um farnizin
Pió qui pirão de sebo
Andano qui nem um bebo
Sem mi aprumá no camim!!!

Um gôgo me aperriano
Queu tusso pra mi lascá
Um insporão me furano
Bem no mei do caicanhiá
Qui me dexa essa manquera
Tomém sofro uma cocêra
Aqui nas parte da frente
Vivo anssim nessa quizila
Num tenho a vida tronquila
Quiném tinha antigamente

Sofro de dô incausada
De ispinhela caída
De junta descunjuntada
Na canela uma firida
Qui vevi a martratá eu
Já virô “sarou morreu”
Disso tô ciente e certo
Arre cum quanta mazela
Tô cum pigarro na guela
Tomém cus’peitos aberto

Tô tumano uma meizinha
Qui seu Mané fêis pra eu
Cum titica de galinha
Cidrêra, eiva-doce, breu
Tem casca de quixabêra
De pau-carrasco, aruêra
Raspa de pau-angelim
Jucá, jatobá, angico
Catuaba, grão-de-bico
Feijão-de-boi e gergelim

Mé de abêia jataí
Cravo do reino, pimenta
Semente de calumbí
Tem jurubeba, água benta
Tem foia de maiva-rosa
Inté baba de babosa
Ali Seu Mané butô
Tumei cum todo coidado
Num rugime insagerado
E as mazela num passô

Aí eu dixe tá rim
Pos tô cada veis pió
Minha véia dixe assim
Acho quisso é catimbó
Vai lá no congá de Chica
Que toda essa trumbica
Qui tu tem vai se acabá
Sinti assim um receio
Mai sigui o seu cunceio
Fui direto pro Congá!!

Dona Chica proguntô
Uqué qui voismicê tem??
Dixe: é as mão cum tremedô
Os pés tremeno tomém
Disarranjo de institino
Meu pescoço já tá fino
E o bucho incho e cresceu
Nos uvido inscuito uns grilo
Nem me alembro mai daquilo
Num sei o qui acunteceu!!

Sinto um fastio disgamado
Uma sede da bixiga
Amarelo, dicorado
Arroto-choco, lumbriga
Vista curta dô de uvido
Cum o coipo esmurecido
Sem corage sem alento!!
Dona Chica, eu sofro tanto
Se dói quonde me alevanto
Tomém dói quonde me asscento

Ela dixe insperaí
Queu vô vê se dô um jeito
Pru favô se assente ali
Incaloque a mão no peito
E arripita o que digo
Pra mode eu vê se consigo
Discubri o qui se passa
Nessa sua mente fraca
Acho qui essa urucubaca
É um feitiço da disgraça
Pegô rezá uns bendito
Cuns gai de arruda bateno
Quaje qui nun acredito
Naquilo queu tava veno
Ela chorava gemia
A boca fechava e abria
Suava de riba a baxo
Passô uma meia hora
Dispois disse vassimbora
Vou lhe aprontá um dispacho

Amenhã ditardezinha
Voismicê torne a vortá
Mi traga quato galinha
Um bode mode matá
Qui é pra vê se agrada o santo
E afugenta esse quebranto
E tudo o qui o sinhô sente
E além do que já foi dito
Nesse papé tá inscrito
Os zoto zingridiente

Dalí saí ligerin
Vortei pra casa cansado
No otô dia cedin
Tudo qui tava anotado
Comprei lá in “Seu Bigode”
Peguei as galinha o bode
Juntei tudo e fui in frente
Cum aquelas mercadoria
E bem no finar do dia
Eu cheguei lá novamente!!

Fiz a intrega do pedido
O qui acunteceu num sei
Mai já tô disiludido
Pois in nada miorei
Se o santo num se agradou
Ô se Chica num honrô
O cumpromisso selado
Feiz um seviço fulêro
Eu só fiz gastá denhêro
E continuei lascado!!

Num tomo meizinha mais
Nem vô pra catimbozêro
Pruque milaigre quem faz
É nosso Deus verdadêro
Que é pai e superiô
Vou procurá um dotô
Pra vê se fico curado
Cum meizinha e catimbó
Gastei dinhêro qui só
Sem ter nenhum resultado!!!

Carlos Aires

19 junho, 2012

“DAR O BRAÇO A TORCER” DE VEZ EM QUANDO É UM SANTO REMÉDIO PRA QUEM AMA!




Zé Adalberto Do Caroço Do Juá rimou hoje no Facebook:
"“DESSA ÁGUA EU NÃO BEBO, NUNCA MAIS”!
NÃO EXCLAME ESSA MÁXIMA PRA NINGUÉM
QUE TEM HORA QUE A SEDE QUANDO VEM
DESIDRATA AS RAZÕES SENTIMENTAIS
CONTRARIA OS PROBLEMAS PESSOAIS
OBRIGANDO O ORGULHO ENTRAR NA LAMA
PRA SENTIR COMO A SEDE INVADE A CAMA
QUANDO UM PINGO DE AMOR ESTÁ FALTANDO
“DAR O BRAÇO A TORCER” DE VEZ EM QUANDO
É UM SANTO REMÉDIO PRA QUEM AMA!

18 junho, 2012

A POESIA DE ZÉ ADALBERTO



ASSIM NÃO FAZ MAL!



DEIXEI DE SER DIABÉTICO

SÓ POR CAUSA DO SEU BEIJO

QUE TEM O DOCE POÉTICO

MAIS INTEGRAL QUE EU DESEJO.




16 junho, 2012

A bodega da caderneta - Poetisa Thays Nunes



Bodega da caderneta
Lá num tinha essa não
Talão de cheque serasa
Débito em conta no cartão
Fazia a feira do mês
Mesmo sem ter um tostão

Eita bodega sortida
De tristeza e sofrimento
De riqueza e alegria
De queixumes e lamento
De amores e saudade
Era o grande sortimento

Lá na capital não tem
Essa bodega daqui
Eu compro em todo canto
Dizendo: anote aí
Tá celebrado o contrato
Nas bandas do Cariri

Já no sul minha palavra
Sem valor, não vale nada
Só vale cartão e cheque
A caderneta é finada
Bodega tem outro nome
Bodega globalizada

(Thaís Nunes)

15 junho, 2012

POESIA DE DUDU MORAIS: SEU ORGULHO TEM DADO PREJUÍZO MUITO MAIS A VOCÊ DO QUE A MIM


EU QUE SEMPRE ATENDI CADA PEDIDO,
MUITO EMBORA GANHANDO SEMPRE UM NÃO,
POR VOCÊ E EM NOME DA PAIXÃO
FIZ DE TUDO POR NÓS, MAS FOI PERDIDO.
NA ANÁLISE SINCERA DO CUPIDO
NOSSO QUADRO DE AMOR ESTÁ ASSIM:
SUAS FLORES MURCHANDO NO JARDIM
E MEU INFERNO VIRANDO UM PARAÍSO
SEU ORGULHO TEM DADO PREJUÍZO
MUITO MAIS A VOCÊ DO QUE A MIM


10 junho, 2012

Aos que disseram que não !!!




Já me disseram que não,

Que eu não ia dá certo;

Que eu estava dormindo

E sonhando no descoberto

Que eu não levava jeito,

Que não agia direito

Que caminha pro fim

Enquanto esses meus irmãos

Profetizavam seus nãos

Eu trabalhava meu sim !!!

Autoria
Brás Ivan Costa Santos  

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Tem mais um espaço pra ser divulgada
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