I
Pra quem tem assim talento
Mata a cobra e mostra pau
Não existe mote mau
Pra quem tem verso sustento
Cada verso seu rebento
Vem do fundo lá mente
Pois pois poeta tão somente
Faz visível o invisível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
II
Vai nas asas de Limeira
Louro Pinto até Cancão
Pois poeta de visão
Pega o rastro de primeira
Na viola mais brejeira
O seu mundo um continente
Vai mostrar toda vertente
Se possui a verve incrível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
III
Vai de Serra até Belmonte
Se poeta tem farmácia
Se possui tal eficácia
Faz poema assim de monte
Alargando o horizonte
Do sertão sua nascente
Faz poema bem contente
Pra dizer do indizível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
Vai de Serra até Belmonte
Se poeta tem farmácia
Se possui tal eficácia
Faz poema assim de monte
Alargando o horizonte
Do sertão sua nascente
Faz poema bem contente
Pra dizer do indizível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
IV
Chama até UNICORDEL
E também Chico Pedrosa
Com sanfona nesta prosa
De viola e menestrel
Se poeta e bacharel
Como cabra competente
Dominando até serpente
Faz do verso combustível
Se possui a verve incrível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
V
Compra blog com domínio
Pra comunicar pro mundo
Seu sertão lindo e fecundo
Segue seu raciocínio
Seu poema é sem declínio
Não conhece sol poente
Sendo cabra mais decente
Nunca vai baixar de nível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
VI
De Belmonte sua terra
De Recife pro Brasil
Um poeta varonil
Um soldado nesta guerra
Cuja verve nunca encerra
Ante um mundo deprimente
Vai assim seguir na frente
Verso sério até risível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
VII
Mas a tal da fundação
Sem pagar faz mais de ano
E não vai ferra seu plano
De obreiro do sertão
Passa em cima do poltrão
Do calote indecente
Esse tal tipo de gente
De caráter indescritível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
VIII
Chama Kerlle pra dizer
Com Felipe a declamar
Chama Allan para tocar
Chico pra surpreender
E Dunguinha pra entreter
Ciço é nosso gerente
Empreende bem urgente
Pois o seu caráter é crível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
IX
Quem possui dom de viola
Pega o verso assim no ar
E na hora de inventar
Sempre dá um show de bola
Aprendeu sem ver escola
Pois é cabra inteligente
Pra peitar todo insolente
Nunca vai queima fusível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
X
Quem nos deu lição: Batistas
Com Xudu lavra de ouro
Pinto ,Job ,Cancão e Louro
Ivanildo e mais artistas
Os poetas repentistas
De poema uma torrente
Vão ali botando quente
São de verve infalível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
XI
Cabra bom que não se enrola
Quando metrifica e rima
Cada hora uma obra prima
Qual coelhos da cartola
E nos versos cantarola
São Nordeste chão da gente
De um sertão de sol ardente
Bela arte é descritível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
XII
E assim vou encerrando
Pelo mote do Morais
Glosas que chegando mais
No poema galopando
No Recife eu inventando
Na Internet esta corrente
Versejar primeiramente
Nesta hora ser sensível
NÃO HÁ ASSUNTO IMPOSSÍVEL
PRA QUEM FABRICA REPENTE
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