Numa cantoria, o poeta que cantava com Domingos da Fonseca, sendo da cor branca e Domingos sendo da cor negra, terminou a estrofe dizendo:
"Domingos além de pobre é tão triste a tua cor"
O Poeta Domingos então Cantou:
O Poeta Domingos então Cantou:
"Falar de nobreza e cor
É um grande Orgulho seu
Morra eu e morra um nobre,
Enterre-se o nobre e eu,
Que amanhã ninguém separa
O pó do nobre do meu !! "
BIOGRAFIA
DOMINGOS FONSECA
Domingos Martins da Fonseca nasceu a 12 de junho de 1913, no distrito de Santa Luzia, município Miguel Alves, Piauí, onde fez o curso primário. Poeta, violeiro e repentista.
Falecido a 28 de abril de 1958, em Fortaleza, Ceará.
Aos 10 anos de idade já cantava e improvisava.
Poeta popular de renome, considerado o maior repentista do Piauí e maior cantador lírico, ao som da viola. Foi cognominado o “armazém do improviso”.
Viajou pelo Brasil fazendo campanha em favor da valorização da profissão do violeiro, notadamente Recife, os Estados do Nordeste todo e São Paulo.
Tomou parte no Congresso de Cantadores em Recife, Pernambuco, realizado no Teatro Santa Isabel, batendo-se brilhantemente com o pernambucano Dimas Batista Patriota, na noite de 5 de outubro de 1948. Os dois aplaudidos de pé, pela assistência, classificados na auréola do empate.
Pioneiro da fundação da Associação dos Cantadores do Nordeste.
Publicou “Poemas e Canções”, Bahia, 1956, com distribuição em benefício da Associação dos Cantadores do Nordeste.
Dizia Domingos Fonseca: “Pensam que eu canto contente, eu canto dores”.
Domingos Fonseca faleceu no mais completo estado de miséria: o corpo coberto de chagas, proveniente de uma doença denominada Fremon, nome popular.
Fonte: “O Dossiê do Fonseca”, de Carlos Alberto Barreto, Teresina, Piauí, 1991.
TEXTO ORIGINAL EM http://fotolog.terra.com.br/filosofiadofutebol:1860
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE A POSTAGEM