27 fevereiro, 2013
LANÇAMENTO DO CD: O Pajeú de nós dois
26 fevereiro, 2013
A Herança de minha vó
Herança de minha vó
Autor: Cazuza Rufino – Belmonte-Pe
Eu
vou contar uma herança
De
uma vó para um neto
De
um casal bem unido
Ambos
eram muito retos
eu como fui o herdeiro
eu como fui o herdeiro
Sou
dono dos objetos
Minha vó adoeceu
Primeiro
fez testamento
Que
de seu apartamento
O
herdeiro só era eu
Logo
em vida ela me deu
Um
tacho velho furado
Um
abano remendado
E
um mulambo velho de cesto
Uma
barrica sem texto
E
um cuscuzeiro furado
Ela
deixou uma cadeira
Com
três pernas arrancadas
Uma
casa velha escorada
Sem
ter uma telha inteira
A
asa de uma chaleira
E
a chave velha da porta
Além
de tá velha e torta
Enferrujada
e demente
Eu
fiquei muito contente
Quando
vi a velha morta
Herdei
um pé de macuca
Três
espinhos de “quandú” (porco-espnmho)
O
bucho de um caititu
E dois
limões em uma cumbuca
E
mais um torrão de açúcar
Que
de velho açucarou
E
mais que ela deixou
O
beijo de um jereré
Um
moinho e um coité
E
dois ovos de jaburu
Herdei
mais um panicum(lençol amarrado que formava uma rede)
Que
criou-se o velho dentro
Herdei
3 pés de coentro
De
prato só herdei um
A
banda de um jerimum
E
um brinquinho de latão
Herdei
uma mão de pilão
Dois
birros e 4 alfinetes
Uma
agulha e 2 colchetes
E
uma cueca velha sem botão
Ainda
se encontrou
Quatro
galhos de marcela
Os
beiços de uma gamela
Tudo
para mim ficou
O
mais que ela deixou
Um
cinto cheio de nó
Herdei
mais um “urinó”
Furado
e catingoso
Era
um trastes mimoso
Da
finada minha vó
Herdei
um quartal famoso
Que
só nele falarei
Nunca
negociarei
Por
ser muito opinioso
Era
um cavalo famoso
Desta
forma que lhe digo
Nunca
caiu em perigo
Nunca
cansou de viagem
Era
anima de coragem
E
tinha bons sinais consigo
No
queixo tinha um inchaço
Três
bicheiras nas orelhas
Um
jerimum na sarnelha
E
quatro lubim no cachaço
Duas
bexiga no espinhaço
E
um nó no chambaril
Era
nasco dum quadril
Pardo
da vista morena
Cego
da gota serena
Não
podia desistir
Tinha
um corredor triado
Coberto
do arestin
Não
comia mais capim
Os
dentes tudo arrancado
Tinha
os cascos rebitados
Sem
poder tocar no chão
Na
experiência do Galvão
Era
rei dos animais
E
pra completar os sinais
Quatro
pram nas duas mão
23 fevereiro, 2013
Depois que a seca termina. POETA GISLÂNDIO ARAÚJO
Com um poema que presta
Dedé encantou a nós
E Vinícius logo após
Poetizou "Fim de Festa."
Isabelly, foi modesta
E a Missa quis terminar
E Dudu ao recitar
Depois que a aula termina
Deixou aberta a cortina
Para "FIM DE SECA'' entrar.
Tem um cururu cantando
No açude quase arrombado
E um moleque grudado
No lamaceiro brincando.
Buracos vão se formando
Parecendo uma piscina
Que o sereno e a neblina
Escavacaram no chão
É mais bonito o sertão,
Depois que a seca termina.
Uma formiga carrega
O filho que vai nascer
Vai Com medo de morrer
Nessa chuva que lhes pega.
O dono fecha a bodega
Situada numa esquina
Matuto a cabeça inclina
E agradece ao criador
Que tudo tem mais valor
Depois que a seca termina.
Na noite relampeada
Danam-se a contar história
Dizendo que a vitória
Vem do céu e da inchada.
Cada um, de madrugada
Levanta na sua sina
Vendo a boneca menina
Crescer no meio do milho
Vai pra roça pai e filho
Depois que a seca termina.
Tem batata, tem feijão
Para não fazer vergonha
Tem canjica, tem pamonha
Carne de gado e pirão.
Tem melancia e melão
Tapioca e margarina
Tudo isso é coisa fina
Que sertanejo consome
Para matar sua fome
Depois que a seca termina.
E Fica a mãe natureza
Bem feliz por ajudar
O sertanejo a lucrar
A sua maior riqueza.
A vida ganha beleza
E vira uma grande mina
De alegria nordestina
Exportada para o povo
Pois tudo fica mais novo
Depois que a seca termina.
Terminando a estiagem
Nossa vida fica bela
A borboleta amarela
Colore a paisagem.
Temos uma nova imagem
Sob a proteção divina
Que a terra pequenina
Com a chuva se engrandece
E o povo inteiro agradece
Depois que a seca termina
Dedé encantou a nós
E Vinícius logo após
Poetizou "Fim de Festa."
Isabelly, foi modesta
E a Missa quis terminar
E Dudu ao recitar
Depois que a aula termina
Deixou aberta a cortina
Para "FIM DE SECA'' entrar.
Tem um cururu cantando
No açude quase arrombado
E um moleque grudado
No lamaceiro brincando.
Buracos vão se formando
Parecendo uma piscina
Que o sereno e a neblina
Escavacaram no chão
É mais bonito o sertão,
Depois que a seca termina.
Uma formiga carrega
O filho que vai nascer
Vai Com medo de morrer
Nessa chuva que lhes pega.
O dono fecha a bodega
Situada numa esquina
Matuto a cabeça inclina
E agradece ao criador
Que tudo tem mais valor
Depois que a seca termina.
Na noite relampeada
Danam-se a contar história
Dizendo que a vitória
Vem do céu e da inchada.
Cada um, de madrugada
Levanta na sua sina
Vendo a boneca menina
Crescer no meio do milho
Vai pra roça pai e filho
Depois que a seca termina.
Tem batata, tem feijão
Para não fazer vergonha
Tem canjica, tem pamonha
Carne de gado e pirão.
Tem melancia e melão
Tapioca e margarina
Tudo isso é coisa fina
Que sertanejo consome
Para matar sua fome
Depois que a seca termina.
E Fica a mãe natureza
Bem feliz por ajudar
O sertanejo a lucrar
A sua maior riqueza.
A vida ganha beleza
E vira uma grande mina
De alegria nordestina
Exportada para o povo
Pois tudo fica mais novo
Depois que a seca termina.
Terminando a estiagem
Nossa vida fica bela
A borboleta amarela
Colore a paisagem.
Temos uma nova imagem
Sob a proteção divina
Que a terra pequenina
Com a chuva se engrandece
E o povo inteiro agradece
Depois que a seca termina
22 fevereiro, 2013
21 fevereiro, 2013
Quem tem mulher ciumenta Tem o cão pra lhe atentar
Texto dos improvisos da mesa de glosas de Tabira 2007
GENILDO PITU:
quem tem mulher pela rua
hora nenhuma sossega
que até dentro da budega
sua volta é muito crua
ela sai lá pela rua
somente pra procurar
e eu doido pra me livrar
daquela bicha nojenta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
CLÉCIO RIMAS:
Mulher ciumenta é o cão
eu mesmo já tive uma
parece o cão que fuma
traga igualmente um dragão
já passei situação
que nao quero mais passar
dá medo só de pensar
pois isso ninguém aguenta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
ADERBAL:
SE saio não acha bom
quando chego me pergunta
com a cara de defunta
elevando o alto tom
busca na blusa baton
quando a roupa vai lavar
vasculha o meu celular
queima mais do que pimenta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
GENILDO SANTANA
Mulher ciumenta é desgraça
que chega sem eu nem pedir
vocÊ não pode sair
de casa pra ir à praça
é pior que cão de caça
no terreiro a farejar
e dessa pra se casar
Genildo aqui num aguenta!
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
FELIPE AMARAL
disso eu não estou alheio
do começo até o fim
não gosto de mulher ruim
pois só me causa aperreio
lhe boto na língua um freio
que é pra não atanazar
pois quando pega a brigar
RESPINGA fogo da venta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
SEBASTIÃO
eu que queria uma imagem
pra minha lua de mel
topei uma cascavel
foi essa a pior viagem
largar, não tenho coragem,
matar, eu não vou matar
é o jeito suportar
minha cobra peçonhenta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
George Alves
NÃO sai de casa sozinha
respeitando seu partido
mas tem raiva se o marido
só chega de manhãzinha
e se ele olhar pra vizinha
mesmo sem querer olhar
ela pega a ciumar
nem o satanás lhe aguenta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
OSVANILDO
eu não ando mais sozinho
que a mulher vai atrás
já perdi a minha paz
não tenho mais seu carinho
e quando ela faz beicinho
se prepara pra chorar
só foi boa no altar
hoje só o diabo aguenta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
ALBINO
minha mulher em outrora
teve ciume de mim
e quase que chega ao fim
de ser a minha senhora
chegou me mandar embora
eu consegui lhe aclamar
depois ela foi pensar:
-"isso é o povo que inventa"
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
JOSIVALDO
são quebrados todos elos
se a mulher tiver ciúme
do cheiro do meu perfume
doslabios que são belos
não andamos paralelos
como o saara e o mar
como a igreja e o bar
quando um esfria outro esquenta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
GONGA MONTEIRO
Toda mulher sente pressa
que o marido chegue cedo
porque ela sente medo
de ser traída na peça
a minha quando começa
não deixa eu lhe explicar
aí começa a brigar
e nem o satanás lhe aguenta
quem tem mulher ciumenta
tem o cão pra lhe atentar
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Poeta Heleno Alexandre disse:
Com Cícero Moraes nossa poesia
Tem mais um espaço pra ser divulgada
Com vídeo que mostra baião e toada
Interpretação, ritmo e melodia
Letras de canções, notícias do dia
Tudo que envolve arte popular
Quem não viu ainda é melhor entrar
Abaixo é o link pra ser acessado
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Nos dez de galope da beira do mar
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