Sobre a situação política brasileira, pode-se dizer que tá mais escura do que um urubu dentro dum túnel, de óculos escuros e chupando jabuticaba. Pra acabar de lascar começou a temporada de caça ao eleitor. Os candidatos, visando às pesquisas, lulam-se todos, roseanam-se todos e pouco mais ganham as ruas, feito cadela no cio, cheio de vira-lata atrás. Antes que venham pro meu lado, vou logo dizendo: Vou votar no garotinho.
Vez por outra, o horário embromatório interrompe a programação de TV e, aos arreganhos verbais, exibe suas vergonhas políticas:
– Meu partido é phodda com ph de farmácia e dois dês de Toddy...
– É este meu manifesto: aqui você entra Lalau e sai honesto...
– O governo de fulana é feito chiclete: bom no começo, porém do meio pro fim é caro por qualquer preço, blá blá e blá blá e quem achar ruim, blá blá blá...
– O partido de fulano é o partido quebra-galho: O cabra entra Maluf e sai Barbalho.
– Fulano, naquele governo, só pega no que é dele na hora que vai mijar...
– A palavra de fulano só vale enquanto zoa...
– Digo de fala microfonada, minha palavra é feito peido, não tem retorno.
É como diz o Millôr: “Basta acompanhar um programa eleitoral para verificar que todos os candidatos têm a mesma filosofia: Não se pode fazer um omelete sem chutar os ovos.” Ao invés de horário político, prefiro, de vez em quando, assistir à TV Senado. Ali sim, você vê o político no seu habitat natural: O tampa de Crush que preside a sessão fica quase de costas pro xerém, batendo papo com os tampinhas da mesa, enquanto lá em baixo, a parlamentaiada véa, mais alegre do que freguesa em tabuleiro de retalho, fica, às claras gaitadas e converseiro duplicado: trocando cavalo, falando da vida alheia, aumentando o percentual da propina, palitando os dentes, vendendo bijuteria, pegando ronco, relembrando que o Pereirão de Itabaiana empatou com o Vila Nova em maio de 78...Na tribuna, um orador - de mandato mais inútil do que bolso de pijama - em bico de pés, de boca cheia e peito estufado pergunta malufisticamente: “– Por que Sr. Presidente, nos teclados dos nossos computadores, o alfabeto não está em ordem alfabética? POR QUÊ?????” Aí sim, é que é desempenhar o papel de político, afinal de contas o mandato parlamentar é uma camisinha que o povo dá aos políticos para que gozem sem risco.
Todo mundo sabe que político é feito pombo: quando sobe caga na cabeça do povo. Porém, nessa época de levantar vôo, o cabra se exibe mais camuflado do que rapariga de pastor. Dá de garra com horário embromatório e entre perfídias e palavrões solta o hálito de pocilga prometendo trocar cocô por dinheiro pra ver o povo enricar. Os que ainda não roeram o osso do poder ficam feito disco de feira: levando agulha no fundo e dizendo a mesma besteira. Eu só sei, meu cumpade, que o objetivo é um só: invadir o Kuwait do povo, que já vive feito canoa, manobrada pelo fundo e sujeito a afundar. Eu, como não sou telefone pra me animar com conversa, aproveito este final de ano pra declarar meu voto de otimismo: Vou votar no garotinho; não um garotinho vivaldino. É o garotinho isento de tudo que está aí; que tem algo de intercessor, de sacrossanto, de supremo, de príncipe da paz, de fonte de águas límpidas, de mediador, e por que não dizer, de divino. Esse garotinho é a única saída para o país.
Vez por outra, o horário embromatório interrompe a programação de TV e, aos arreganhos verbais, exibe suas vergonhas políticas:
– Meu partido é phodda com ph de farmácia e dois dês de Toddy...
– É este meu manifesto: aqui você entra Lalau e sai honesto...
– O governo de fulana é feito chiclete: bom no começo, porém do meio pro fim é caro por qualquer preço, blá blá e blá blá e quem achar ruim, blá blá blá...
– O partido de fulano é o partido quebra-galho: O cabra entra Maluf e sai Barbalho.
– Fulano, naquele governo, só pega no que é dele na hora que vai mijar...
– A palavra de fulano só vale enquanto zoa...
– Digo de fala microfonada, minha palavra é feito peido, não tem retorno.
É como diz o Millôr: “Basta acompanhar um programa eleitoral para verificar que todos os candidatos têm a mesma filosofia: Não se pode fazer um omelete sem chutar os ovos.” Ao invés de horário político, prefiro, de vez em quando, assistir à TV Senado. Ali sim, você vê o político no seu habitat natural: O tampa de Crush que preside a sessão fica quase de costas pro xerém, batendo papo com os tampinhas da mesa, enquanto lá em baixo, a parlamentaiada véa, mais alegre do que freguesa em tabuleiro de retalho, fica, às claras gaitadas e converseiro duplicado: trocando cavalo, falando da vida alheia, aumentando o percentual da propina, palitando os dentes, vendendo bijuteria, pegando ronco, relembrando que o Pereirão de Itabaiana empatou com o Vila Nova em maio de 78...Na tribuna, um orador - de mandato mais inútil do que bolso de pijama - em bico de pés, de boca cheia e peito estufado pergunta malufisticamente: “– Por que Sr. Presidente, nos teclados dos nossos computadores, o alfabeto não está em ordem alfabética? POR QUÊ?????” Aí sim, é que é desempenhar o papel de político, afinal de contas o mandato parlamentar é uma camisinha que o povo dá aos políticos para que gozem sem risco.
Todo mundo sabe que político é feito pombo: quando sobe caga na cabeça do povo. Porém, nessa época de levantar vôo, o cabra se exibe mais camuflado do que rapariga de pastor. Dá de garra com horário embromatório e entre perfídias e palavrões solta o hálito de pocilga prometendo trocar cocô por dinheiro pra ver o povo enricar. Os que ainda não roeram o osso do poder ficam feito disco de feira: levando agulha no fundo e dizendo a mesma besteira. Eu só sei, meu cumpade, que o objetivo é um só: invadir o Kuwait do povo, que já vive feito canoa, manobrada pelo fundo e sujeito a afundar. Eu, como não sou telefone pra me animar com conversa, aproveito este final de ano pra declarar meu voto de otimismo: Vou votar no garotinho; não um garotinho vivaldino. É o garotinho isento de tudo que está aí; que tem algo de intercessor, de sacrossanto, de supremo, de príncipe da paz, de fonte de águas límpidas, de mediador, e por que não dizer, de divino. Esse garotinho é a única saída para o país.
Meu voto é para o Menino Jesus e pronto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPoeta, aproveito essa postagem arretada p dizer q sempre venho aqui no teu blog tomar um gole de cultura!!!
ResponderExcluirEu sou Luciano Pedrosa do blog http://nacacimbadapoesia.blogspot.com/ é uma honra pra mim ter um poeta do seu quilate me seguindo lá!!!
abraço
inté