23 dezembro, 2017

Poesia de NATAL: O berço do Deus Menino

Há quem nasça num berço colossal
Rodeado por luzes de ilusão
Luzes que são brilhosas mas não são
Como aquela estrelinha de natal
Num humilde presépio onde um casal
Com as graças de Deus o criador
Deu ao mundo a maior lição de amor
E ao contrário do berço do granfino
Na frieza da gruta o Deus menino
Teve o bafo de um boi por cobertor

Tinha que registrar-se essa passagem
Uma  mãe já sentindo a dor do parto
Precisando assistência, cama e quarto,
Além disso cansada da viagem,
Ninguém deu atenção nem hospedagem
Sem saber que era mãe do redentor
Santa virgem escrava do senhor
Que com gosto carpiu o seu destino
Na frieza da gruta o Deus menino
Teve o bafo de um boi por cobertor


Por mais planos que a nobreza fizesse
Exigindo que o cristo então surgisse
Do monarca mais rico que existisse,
Da rainha mais bela que houvesse,
Mais o pai preferiu que ele viesse
De um casal com um nível inferior
De uma serva e um varão trabalhador
Descendentes do povo palestino
Na frieza da gruta o Deus menino
Teve o bafo de um boi por cobertor

Jesus Cristo podia ter nascido
Entre luxo, riqueza e mordomia
Mas nasceu numa pobre estrebaria
Um recanto por ele preferido
Onde o boi espalhava o seu mugido
E um galo cantava em seu louvor
Uma estrela serviu de refletor
Clareando o presépio pequenino
Na frieza da gruta o Deus menino
Teve o bafo de um boi por cobertor

Bem que o nosso messias merecia
Ter nascido pisando prata e ouro
Para ter donatário do tesouro
Que o império judaico possuía
Mas Deus quis o casebre de Maria
Mulher simples e pura como a flor
Não  palácio de um imperador
Tule branco tapete purpurino
Na frieza da gruta o Deus menino
Teve o bafo de um boi por cobertor

Num bercinho forrado de capim
Tendo apenas seus pais por companhia
Em silencio parece que dizia
Quem for simples e humilde venha  a mim
Venham todos, o bom e o ruim
Que do mundo do bem serei gestor
Tinha tanta bondade em seu valor
Que o rei transformou-se em peregrino
Na frieza da gruta o Deus menino
Teve o bafo de um boi por cobertor

É comum no natal a farta mesa
De um rico sobrando pão e vinho
No entanto na casa de um vizinho
Há somente o cenário de tristeza
Mas aquele que sofre com certeza
Tem acesso direto ao salvador
Que na casa onde Cristo é morador
Um burguês é igual a um tangerino
Na frieza da gruta o Deus menino
Teve o bafo de um boi por cobertor

Jesus Cristo suprema majestade
Filho único do pai celestial
Pra nascer escolheu esse local
Referência de fé e humildade
E provando pra toda humanidade
Que não veio pra ser superior
Precisava ser Cristo Salvador
Para dar esse exemplo tão divino
Na frieza da gruta o Deus menino
Teve o bafo de um boi por cobertor

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