12 outubro, 2010

Deus Conserve Pra Sempre Meu Bom Senso Temperado a Pitadas de Loucuras

Eu respeito a crendice dos ateus
E a descrença que mora nos beatos
O atrativo daqueles que são chatos
E o modesto que as vezes se acha Deus
Reconheço o valor dos versos meus
E a sujera que habita a mente pura
A pureza que mora na mistura
E a discórdia que mora no consenso
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras


Eu respeito as hipócritas verdades
E o valor natural dos imperfeitos
Pois somente através dos seus defeitos
Poderão destacar as qualidades
Reconheço o valor das falsidades
E a mentira que mora em cada jura
Tanta lágrima mole em cara dura
Que eu já nem ofereço mais meu lenço
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras


Eu respeito o lamento dos contentes
E a alegria que mora em todo pranto
O pecado que mora em cada santo
E o temor que apavora os mais valentes
Reconheço a moral dos indecentes
E o sabor palatável da amargura
O azedume que mora na doçura
E a fumaça que limpa pelo insenso
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras


Eu respeito a breguice do elegante
E a desordem na mente do analista
O desanimo mora no otimista
E a inocencia namora o meliante
Reconheço a modestia do arrogante
E o maestro que odeia partitura
O erudito que foge da leitura
E o aluno que adora ser suspenso
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras


Eu respeito a vontade do capacho
E o sucesso de todo o fracassado
A macheza do homem delicado
E a porção delicada do homem macho
Reconheço a elegância do esculacho
E o poder criador da criatura
A coragem que mora na paúra
E o valor da derrota quando venço
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras


Eu respeito a esperteza que há no tolo
E a tolice que mora em cada sábio
O mau jeito que mora no mais hábil
Jubileu celebrado
Reconheço a desculpa para o tolo
E o valor nutritivo da gordura
A doença saldável que nos cura
E a paixão que parece amor intenso
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras


Eu respeito a doidera do careta
Lucidez que se mostra no maluco
A memória que mora no caduco
E o fantasma que mora na gaveta
Reconheço o caráter da mutreta
E a beleza que mora na feiúra
Pilantragem que mora na lisura
E a preção 10 por 8 do hipertenso
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras


Eu respeito o sorriso do sisudo
E a tristeza que mora na risada
Quem é tudo mas diz que não é nada
Quem é nada mas diz que sabe tudo
Reconheço a grandeza do miúdo
E a umidade que mora na secura
Noite em claro que ofusca noite escura
E a incerteza que mora no que eu penso
Deus conserve pra sempre meu bom senso
temperado a pitadas de loucuras

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE A POSTAGEM

Related Posts with Thumbnails

Poeta Heleno Alexandre disse:


Com Cícero Moraes nossa poesia
Tem mais um espaço pra ser divulgada
Com vídeo que mostra baião e toada
Interpretação, ritmo e melodia
Letras de canções, notícias do dia
Tudo que envolve arte popular
Quem não viu ainda é melhor entrar
Abaixo é o link pra ser acessado
Do Blog que hoje é o mais visitado
Nos dez de galope da beira do mar

RADIO REPENTISTAS

RADIO REPENTISTAS
REPENTES PELA VIDA

HINO de São José do Belmonte-PE

MINHAS POESIAS E DECLAMAÇÕES NO YOUTUBE

RÁDIO CULTURA NORDESTINA