04 novembro, 2009

Banda MANACÁ lança CD após longa espera.

A banda Manacá que tem por vocalista a Cantora e atriz Letícia Persiles, que recentemente estreou no seriado CAPITÚ da Rede Globo, lançou recentemente o cd que traz o nome da banda. Letícia esteve em nossa cidade no ano de 2007 para conhecer a Cavalgada à Pedra do Reino, pois o seu trabalho tem influências da cultura do sebastianismo e na época ela fazia um trabalho de conclusão de curso sobre o sebastianismo. O nome da banda refere-se a uma planta brasileira, que por coincidência foi utilizada em coquetéis alucinógenos nos rituais sebastianistas ocorridos no ano de 1838 na Pedra Do Reino em São José do Belmonte, onde várias pessoas morreram na esperança de ressuscitarem o Rei Dom Sebastião, morto na batalha de Alcacér Quibir na África. Pois bem, o Cd da banda traz encartes e capa com referências a cultura nordestina e na capa encontra-se a figura de Dom Sebastião. Já nos encartes também é possível encontrar xilogravuras de J. Borges.
Letícia Persiles
fonte da foto:

Ouça aqui a faixa "faca de ponta":


Veja aqui um vídeo release da banda:


segue um texto de Taís Toti, Jornal do Brasil

RIO - No começo de 2008, parecia que o Manacá era mesmo a bola da vez. A banda liderada por Letícia Persiles tinha sido eleita pelo Caderno B como a aposta do ano no pop nacional e o disco de estreia do quarteto – finalizado nos primeiros meses do ano passado – estava na boca do forno para sair pela multinacional EMI. Entretanto, só agora, mais de um ano e meio depois, o Manacá lança seu auto-intitulado disco de estreia, reunindo os 12 rocks com influência regional e folclórica que o grupo afiou em seus shows desde 2006.

– Se dependesse da banda o CD sairia no ano passado, aproveitando o movimento da minissérie Capitu (da rede Globo, na qual a vocalista interpretou a personagem-título) – explica a cantora e por vezes atriz. – Mas a partir do momento em que você se prende a uma gravadora, acaba perdendo o controle sobre esse tipo de decisão. (Procurada pelo Caderno B, a EMI não se pronunciou sobre o adiamento no lançamento do CD.)

O grande intervalo entre as gravações e o lançamento fez com que a banda fizesse algumas mudanças nos arranjos, adaptando as músicas às novas influências que foram surgindo no trabalho.

– Dois anos é bastante tempo para um artista. O próprio Manacá já fez grandes mudanças na sonoridade. Quando gravamos o disco ficamos supercontentes com o resultado, tivemos toda liberdade de fazer do jeito que queríamos. Mas se eu fosse fazer esse disco hoje, não teria essa cara.

Letícia Persiles explica que muitas músicas estão sendo executadas de maneira diferente da do disco, mas não é uma mudança drástica – “Diabo”, por exemplo, música de mais sucesso do Manacá, “continua do jeito que era”. As influências folclóricas, em especial de música cigana, sempre presentes nas músicas da banda, agora ganham mais destaque – a exemplo de O galo cantou. Incluída no disco em duas versões, ao vivo banda toca o arranjo acústico, com forte influência de música do Leste Europeu.

– Damos mais espaço para o que antes chamávamos de “influência” ou “referência”. A rabeca, o cello, muito mais espaço para o acordeon. A bateria está mais educada, tem momentos fortes e outros em que segura mais. Tem mais diálogo, mais nuances, uma variedade maior de oscilações na sonoridade. Trouxemos mais para frente coisas que antes ficavam numa lembrança.

O baixista Daniel Wally acredita que a grande mudança é a incorporação dos dois músicos de apoio, Lui Coimbra (violoncelo e rabeca) e Renato Cigano (acordeon) nos shows da banda.

– Na época eles entraram somente para gravar e enriquecer o disco, e nós tocávamos ao vivo sem os instrumentos de apoio. Mas agora estamos utilizando em todos os shows, explorando mais timbres.

Bruno Baiano, baterista, completa:

– Agora a gente não consegue tocar sem eles.

No repertório em si, pouca coisa mudou. Além das músicas do disco, a banda acrescentou algumas músicas que não são de sua autoria. Os covers acompanham Canto de ossanha, música de Vinícius de Moraes e Baden Powell que ganhou um ar sexy na voz de Letícia e que entrou para o disco.

– Temos já umas três músicas mais ou menos trabalhadas, mas não estão acabadas. Mas estamos guardando para o próximo trabalho, elas não serão para os shows – explica Daniel Wally.

As sobras transformadas em arte por Raimundo Rodriguez (A pedra do reino e Hoje é dia de Maria) e as xilogravuras de J. Borges se misturam às fotos e letras do Manacá na arte elaborada do disco.

– O resultado é sensacional. A banda não podia ter sido mais bem representada através da arte gráfica. Tem o trabalho do Raimundo, que é um artista contemporâneo, atrelado à arte tradicional do Borges – elogia Letícia. – Tem também essa mistura do santo com o profano, que usamos bastante nas músicas.

Mesmo com a clara manifestação nordestina na capa – J. Borges e Raimundo Rodriguez são nordestinos – e com muito uso de rabeca e acordeon no disco, a vocalista de olhos verdes de ressaca afirma que a banda não quer simular a sonoridade.

– Não temos a pretensão de ser uma banda carioca-nordestina. Mexemos com música que a gente gosta. Se gostamos de sonoridades do Nordeste, do Leste Europeu, ou manifestações do Sudeste, do interior, nós trazemos para cá.

Entre o rock e o regionalismo, o baterista Bruno Baiano acha que não há um som que predomine.

– A ideia não é focar em uma coisa só, e sim misturar tudo. Vamos absorvendo o máximo possível.

Além das artes plásticas, o Manacá tem relações com o teatro e a literatura, seja no nome da banda, (inspirado no nome da flor que leram no Romance da pedra do reino, de Ariano Suassuna), seja no trabalho de Letícia em Capitu, adaptação do livro de Machado de Assis, Dom Casmurro.

– Influência não é só música. Tudo que trazemos de bagagem, de conhecimento, o meu trabalho paralelo como atriz, nós aproveitamos. Não tem porque separar drasticamente uma coisa da outra. Mesmo nossa concepção de palco abrange uma série de atividades diferentes. O palco tem que ser respeitado como espaço sagrado, seja tocando ou numa peça, tudo faz parte do mesmo universo.

A mistura do Manacá já passou por grandes festivais de música brasileiros, como o Mada, em Natal, o Calango, em Cuiabá, o Se Rasgum, em Belém, e também no carioca Humaitá pra Peixe.

– Nos festivais tem essa miscelânea não só de bandas como de pessoas, cada uma dessas pessoas e bandas trazendo sonoridades diferentes, ideias diferentes para tudo, som e imagem – afirma Baiano.

Quem quiser acompanhar o Manacá ao vivo terá que esperar um pouco, mas aparições na TV devem acontecer logo.

– Não temos uma turnê acertada, mas nas próximas semanas devemos gravar um clipe, que deve ser da música de trabalho, Diabo - conta Wally.

fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/10/25/e251017563.asp

Um comentário:

  1. véio, me ensina a hospedar mp3 no 4 shared.

    abraços do poeira

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Poeta Heleno Alexandre disse:


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