28 abril, 2012

BALAIO CULTURAL 5 DE MAIO TUPARETAMA


24 abril, 2012

1º Festa do Trabalhador de São José do Belmonte-PE

20 abril, 2012

FORTALEZA INTERIOR - RONALDO CUNHA LIMA


Cansado de sofrer do mal de amor

procurei proteger meu coração,

e comecei a grande construção

da minha fortaleza interior.


Fiz vigas de concreto contra dor,

revesti as paredes de razão,

portas, janelas, piso, elevador,

tudo impermeável à emoção.


Como não tem no mundo quem não falhe,

esqueci, entretanto de um detalhe,

e meu trabalho não ficou completo.


Meu coração, em paz, adormecido

acordou, de repente, com um ruído:

Era a saudade entrando pelo teto.

15 abril, 2012

Poesia exaltando minha cidade



Glosas de Cícero Moraes, Mote do 4º Desafio Nordestino de Cantadores.

Eu venho lá do sertão
Da terra da cavalgada
E d´uma pedra encantada
Que é seu lindo cartão
Onde Dom Sebastião
Ergueria um reino seu
Mas isso não ocorreu
Só história que ficou
Sou eu quem sabe o que sou,
Quem sabe o que sou, sou eu!


Em São José do Belmonte
Minha querida cidade,
Eu sinto muita saudade
De beber água na fonte,
Por lá sempre tem quem conte
Tudo o quanto aconteceu
Casou, separou, morreu,
Vendeu, fugiu, embuchou,
Sou eu quem sabe o que sou,
Quem sabe o que sou, sou eu!

E na arte da poesia
Eu sempre fui apegado
Sempre me sinto honrado
Quando vou à cantoria
No mundo ninguém faria
Mudar esse jeito meu
Que só se fortaleceu
Com o tempo que passou
Sou eu quem sabe o que sou,
Quem sabe o que sou, sou eu!


14 abril, 2012

Comentários de ALEXANDRE GARCIA sobre o Poeta ROGÉRIO MENESES

Bom dia! 


“Eu acho que nossa câmara
está no certo caminho/
Aqui o dinheiro público
é tratado com carinho/
Não se gasta em panetone
Nem em passeio de Jatinho/”.

 

Quem disse isso? Ora… O Repentista, vereador e Presidente da Câmara de Caruaru, em Pernambuco, Rogério Meneses. Olhem só o que ele fez: Quando ele assumiu, encontrou um monte de leis feitas pelos próprios vereadores dizendo que podiam gastar até DOIS MIL REAIS por mês de gasolina. Alguém que me ouve gasta tudo isso em gasolina? A menos que tenho um carro com finalidade comercial, né? Dois Mil reais por mês de gasolina, e todo mundo apresentava nota de DOIS MIL REAIS. Além disso, alugavam computadores por cerca de mil reais por mês, ou seja, dava para comprar um computador novo, e mais do que isso, juntavam tudo, faziam e adquiriam peças para o carro. Até o IPVA era pago, seguro era pago do carro, tudo em nome da tal verba indenizatória. E o Rogério Meneses? Chegou lá viu aquilo e ficou horrorizado. Ele leva a sério o repente dele de moralidade e deu um jeito para derrubar tudo que permitia essa pouca vergonha. Derrubou mesmo! Sobrou cerca de UM MILHÃO DE REAIS, sabe o que ele fez? Ele pegou e devolveu para a prefeitura e o prefeito que faça o que precisa ser feito em obras sociais ou outras obras para o município de Caruaru. É um exemplo de que isso pode ser feito. Eu lembro do tempo em que  vereadores não tinham remuneração alguma, era uma honra representar o povo do município, e só os notáveis do município é que eram indicados para  essa honra. Hoje não! Vamos tomar por base Brasília. Os tais deputados distritais que na verdade são os vereadores parecem que são uma escória de um modo geral, que foi escolhida pela população de Brasília, e lá eles tão metendo o dinheiro na meia, dinheiro na bolsa uma sem-vergonhice generalizada. Está precisando… imaginem só, seria o meu sonho se o senhor Rogério Meneses, lá de Caruaru viesse para Brasília presidir a tal Câmara de Vereadores aqui que é chamada de Câmara Legislativa, como se fosse uma assembleia legislativa de um estado normal.  Venha para cá para ver se moraliza isso aqui com o seu repente, para mostrar que não se gasta em panetone o dinheiro público, o dinheiro é para ser  gasto em beneficio do povo.

13 abril, 2012

DECLARAÇÃO 4 ANOS DE NAMORO


DECLARAÇÃO de AMOR a minha linda Ivanílcia Mendes no nosso 4º aniversário de namoro, baseada em letras da Dupla Os Nonatos.

Por algum tempo eu andei solitário
Mas hoje estou completamente hilário
Silenciando a dor da cicatriz
Sonhar de novo me fez muito bem
Desde do dia que encontrei alguém
Que como eu necessidade tem
De amar e ser feliz

Coração comprova
Que eu passei por ela
Noite mal dormida,
Que ela foi a única
A me fazer chorar
Por alguém na vida.
Tem olhos de estrela,
Tem pele de neve e aroma de flor,
Ceguei de paixão, mas a vejo bela,
Abri mão de todas pra ficar com ela
E vivo acorrentado nos braços do amor

Pelos seus encantos
Virei flexível,
Acabei romantico
E me tornei sensível
E renunciei tudo
Pra tê-la comigo

De muitos bens eu abri mão
Por um único bem
Meu coração não tinha dona
Mas agora tem
Meu antes não tem nada haver
Se comparar depois
Pra sempre é muito pouco tempo
Se for pra nós dois
Eu nem em sonho fui das outras
O quanto sou seu
Estava cheio de um vazio
Você preencheu.

Pra nossa vida já tem mais de um sonho
Pra nossa casa já tem mais de um troço
Não tenho tempo de pensar em outra
Viver distante de você não posso
Outro romance por grande que seja
É impossível ser maior que o nosso.

Entre nós dois há um desejo mútuo
Nas nossas vidas ninguém intefere
Na minha vinda me receba rindo
Na minha ausência não se desespere
Desgosto morre, esperança vive
Amor não mata, mas, saudade fere

No idioma do amor da gente
Foi excluída essa palavra não
São duas vidas num destino só
São dois destinos numa só junção
Vou ser Governo nos seus pensamentos
Vou tomar posse do seu coração

Encontrei em você o que todo homem quer
O meu anjo da guarda em feição de mulher
Um veludo na pele, uma boca de flor
Um amor de novela sem novela de amor

Encontrei em você um começo sem fim
A metade de dentro feita fora de mim
Encontrei em você um começo sem fim
A metade de dentro feita fora de mim

Encontrei em você rota para os meus passos
Uma algema sem chave que me prende aos seus braços
Uma deusa que encanta, uma estrela que foca
Manequim de viola que apaixona quem toca

fonte: 
http://letras.terra.com.br/os-nonatos/

09 abril, 2012

TESTAMENTO E MALHAÇÃO DO JUDAS ISCARIOTES - São José Do Belmonte-PE


Segue abaixo o testamento do Judas recitado por Kayson Pires, Valdir Nogueira e Cícero Moraes :


Judas Iscariotes, condenado à morte pelo crime de lesa-divindade, pela sua covarde atitude em vender Nosso Senhor Jesus Cristo, culpa agravada pelo mísero valor da transação- 30 dinheiros -  em pleno gozo das suas  faculdades, fez o seguinte testamento para os seus estimados familiares, amigos e afins de São José do Belmonte- PE.
1
Eu faço meu testamento
Com  toda satisfação
Apesar de homem mal
Indigno sem compaixão
Só pelo não se zangarem
Ao ler o tabelião
2
Meu nome é Iscariotes
Ou Judas se preferir
Tô preso pelo cangote
Num poste fazendo rir
Já vou abrir meu testamento
E a herança distribuir
Vão todos nesse momento
Dos meus bens usufruir

3
Minha viúva querida
Que é também minha meeira
Minha doce APARECIDA
Não pense em fazer besteira
Conserve seu patrimônio
Não deixe ninguém destruir
Nem mesmo que lhe implore
Um tal de ANCHIETA  DALI
4
Ao poeta ANCHIETA DALI
Que agora é daqui
É o mestre da Sertania
É o cabeça de tudo
Aqui nestas cercanias
Que nos traz muita alegria
De inteligência é uma fonte
E sacudiu com euforia
A cultura do BELO MONTE

5
Para meu sobrinho BEBETO
Nobre cavaleiro garboso
Deixo meu cavalo famoso
E a mão de minha filha
Que vale mais que um tesouro
E cem moedas de ouro
Pro aforamento do terreno
Das Cestas de Cantoria

07 abril, 2012

A PORCA PRETA PELADA



Poeta Dedé Monteiro
No dia em que eu me casei
Ganhei uma bacorinha.
Era preta e peladinha,
Com muito gosto a criei.
Cresceu tanto que eu nem sei
discriminar a cevada.
Assombrava a meninada
Com seu tipo de gigante!
Parecia um elefante
A porca preta pelada.

Todos tinham medo dela,
Mas ela era tão mansinha
Que eu fiz uma cangalhinha
Pra carregar coisa nela…
Depois comprei uma sela
E a bicha deu de tacada:
Aprendeu toda passada,
Sem ser preciso ensinar…
Todos queriam comprar
A porca preta pelada.

Mas eu não vendia não.
Podia vir ouro em pó
Que eu não dava um mocotó
Da bicha por um milhão!
Um dia um rico ancião
Chegou na minha morada
Com uma vaca raçada,
Me cantou pra fazer troca,
Mas eu disse: é de maroca
A porca preta pelada.

O tempo se foi passando,
A fama dela crescia:
Eu estava almoçando um dia
E, quando estava almoçando,
Ouvi um carro zuando,
Saí pra ver da calçada,
Vi o carrinho na estrada,
Dele o prefeito descer
Dizendo: ‘eu vim só pra ver
A porca preta pelada…’

Tudo ia correndo certo,
Mas um dia aconteceu:
Quando o dia amanheceu
Procurei-a e não vi perto…
E, vendo tudo deserto,
Disse: ‘a bicha foi roubada…’
Mas achei a condenada
Na roça de Pedro Mudo.
Estava acabando tudo
A porca preta pelada

Tudo que o Pedro cobrou
Paguei sem fazer questão:
Notei que tinha razão,
Pois quase nada ficou…
E ela não se conformou,
Foi lá outra madrugada;
Dessa vez não deixou nada,
Carregou tudo na pança…
Era um ‘esmeril de França’
A porca preta pelada.

De outra feita fez um oco
Na roça de Tia Zefa:
Comeu quase uma tarefa
De jerimum de ‘caboco’…
Derrubou dez pé de coco,
Cada um de uma dentada…
E titia aperreada
Com essa terrível arte,
Quis matar de bacamarte
A porca preta pelada.

Paguei todo o prejuízo,
Depois chamei um pedreiro,
Mandei fazer um chiqueiro
Do jeito que era preciso.
Gastei até ficar liso,
Mas ela ficou trancada,
Tia ficou sossegada,
Eu sossegado fiquei,
Porque nunca mais soltei
A porca preta pelada.

Já fazia um ano e meio
Que a suína estava presa,
Quando uma rude tristeza
Quase aniquilar-me veio.
Foi grande o meu aperreio:
Ela amanheceu deitada,
Sem comer, acabrunhada…
Fui ver o que tinha sido,
A cobra tinha mordido
A porca preta pelada.

Mandei logo um portador
Chamar Seu Zeca Toinho,
Ele foi num minutinho
E trouxe o tal curador.
Este me fez um favor
Que eu não pagarei com nada:
Deixou a bicha curada,
Nunca vi reza tão forte!
Tirou das garras da morte
A porca preta pelada.

Aí gastei mais dinheiro
Pra dar proteção a ela:
Comprei dez metros de tela,
Dessa de fazer viveiro.
Cobri de tela o chiqueiro,
Não deixei brecha pra nada.
A tela era tão fechada
Que não passava nem grilo.
Então fui cevar tranqüilo
A porca preta pelada.

E para recuperar
Todo aquele dinheirão
Adquiri um barrão
Para com ela cruzar.
E, para a estória encurtar.
Apareceu a ninhada!
Até que sei tabuada,
Mas quase que não contava…
Todo mundo admirava
A porca preta pelada.

Ao todo eram trinta e três,
De robusto a mais robusto!
Com um mês, causavam susto:
Já pareciam ter seis…
‘Enriqueci’ de uma vez
Na venda da bicharada:
Vendi a cem contos cada,
Enchi os bolsos contente
E fui cevar novamente
A porca preta pelada.

Inda deu mais sete crias,
Cada qual mais numerosa
Ficou mais do que famosa,
Me deu milhões de alegrias!
Mas também deu-me agonias:
Morreu de velha,  coitada…
Hoje só resta a ossada
Da rainha dos suínos,
Assombração dos meninos,
A porca preta pelada.

Tabira, 1970

O bornal que virou maternidade


Cícero Moraes  e Jessé Costa inspirados em um 

bornal onde uma garrincha todo ano faz seu ninho, 


então glosaram:




CM



Bornal velho aposentado
Já trouxeste das caçadas
Muitas vidas já extintas
Dos bichinhos das chapadas
Há tempos trazias morte
Hoje, vidas renovadas

JC

Dos frutos das espingardas
Há muito fostes nutrido
Hoje matas tua fome
Sendo abrigo guarnecido
Do viver que vistes morto
E agora tu vês nascido!

CM

Vejo um filhote crescido
Ao lado de outros mais
A morte já não habita
Tuas fibras de cizais
És hoje um local sereno
Não verás sangue jamais

JC

Servindo pr’outros Bornais
De espelho em sua causa e sorte
Mostrarás que a vida é grande
Mostrarás que a vida é forte
E que onde ela começa
Não tem espaço pra morte!

02 abril, 2012

DISCURSO NA CÂMARA MUNICIPAL



De herança  e heróis

A família de José de Carvalho e Sá Moraes, aqui está marcando presença e outorgando-me o direito de usar a palavra em seu nome.
Não há exceção do mérito para mim, intérprete do reconhecimento familiar. Coube-me a honra apenas em momento oportuno, evocar esse grande vulto da história Belmontense que muito fez  em prol da sua tão amada terra.
Muito justa e oportuna a homenagem que se prestou em tempos passados ao CORONEL MORAES, em figurar  numa das principais artérias da cidade de São José do Belmonte. Ao mirarmos a placa que carrega o seu nome, recordamos os seus feitos e lembramos o seu exemplo de trabalho, de homem honesto, de coragem, lealdade e dignidade de um grande sertanejo.
Não concordo nunca que se mude nome de rua consagrado pelo uso popular.
O poeta Manuel Bandeira, preocupado com este fato, temia a troca dos nomes antigos: - “Tenho medo que hoje se chame do Dr. Fulano de Tal.”
São José do Belmonte é um município que não tem o hábito de cultuar os seus mortos. A memória parece esfacelar diante uma história merece tantos aplausos. Eventos gloriosos marcam a história desse município. Ninguém vive sem legados , todos somos herdeiros dos nossos antepassados. Se herdeiros é porque há heranças. Mas esquecer tem sido a ordem do dia, um descaso que não nos engrandece.
Pois saibam caros conterrâneos que há o que se louvar nas terras da PEDRA DO REINO, da ROTA DO CANGAÇO e do fertilíssimo VALE DO CRISTÓVÃO,  nomes fortes, de heróis de cabeça erguida e personalidade de primeira grandeza que por elas transitaram. Não é necessário ir muito longe para reaviva-los. Basta apontar as primeiras décadas do século passado: JOSÉ DE CARVALHO E SÁ MORAES,  ANTONIO CASSIANO PEREIRA DA SILVA, MANOEL BENEVIDES DE SOUZA MENESES, JOAQUIM LEONEL PIRES DE ALENCAR, MANOEL DA MOTA  E  SILVA, TERTULIANO DONATO  DE MOURA, LUIZ GONZAGA GOMES FERRAZ, JOSÉ ALENCAR DE CARVALHO PIRES,  LUIZ MARIANO DA  CRUZ, MANOEL LUCAS DE BARROS, DO PROFESSOR MANOEL DE QUEIROZ, DO  PADRE MANOEL LOPES,  DE JACINTO GOMES DOS SANTOS e  tantos e tantos outros, sem falar em HERMES PRIMO DE CARVALHO e JOÃO PEREIRA  DE MENESES. Uma plêiade de vultos que o tempo teima em apagar.
Quem da nova geração recorda tais ícones???
A verdade é que não sabemos homenagear os que se foram, como se o passado simbolizasse alguma coisa ultrapassada a não merecer reverências. Urge que a consciência da tradição venha a impregnar saudades sem cheiro de remorso, tal qual decantou Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade:
“- Um estado ou um país que valoriza a sua fortuna cultural não terá receios de conviver com o futuro, menos ainda com o o presente.”
Os tempos mudaram, a ânsia de transformação predomina, a celeridade das horas parece não comportar certos rituais de rememoração, mas não  podemos olvidar aqueles que contribuíram para  a construção da história da nossa  tão querida terra e do seu povo  laborioso e bom, que vive sob os auspícios e proteção do seu padroeiro SÃO JOSÉ.
Na oportunidade, como bisneto desse impoluto vulto da história de Belmonte que foi SÁ MORAES, deixo a sugestão a esta egrégia casa que se faça a alteração do toponímio de PRAÇA SÁ MORAES, para PRAÇA JOSÉ DE CARVALHO E SÁ MORAES.
Faço também um apelo a todos aqueles que amam, essa bela e heroica terra, para que imbuídos dos mais altos e sinceros sentimentos  patrióticos, possamos  elevá-la e engrandecê-la  cada vez mais,  procurando  desta forma  nos aprofundar mais na sua história e nos seus heróis . 
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Poeta Heleno Alexandre disse:


Com Cícero Moraes nossa poesia
Tem mais um espaço pra ser divulgada
Com vídeo que mostra baião e toada
Interpretação, ritmo e melodia
Letras de canções, notícias do dia
Tudo que envolve arte popular
Quem não viu ainda é melhor entrar
Abaixo é o link pra ser acessado
Do Blog que hoje é o mais visitado
Nos dez de galope da beira do mar

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