27 fevereiro, 2011

PATATIVA DO ASSARÉ - GLOBO RURAL

SONETO- Crucificado - POETA LIMA JÚNIOR

Cristo agonizando numa cruz, pregado
Por amor... do ódio sentindo o furor...
Coração sangrando, lado perfurado
Feito “Rei” sem reino, pelo agressor.

Homem – viu da carne um grito de dor,
Santo – fez O Espírito a Deus ser levado.
Vida – de exemplo, prova de amor
Morte – foi moeda de pagar pecado...

Cada queda - a voz de Deus dizendo:- Agüente!
Cada chicotada, um perdão pra gente.
Cada cravo em carne, uma compaixão.

Entregando O Corpo, a simbologia
Pra ressuscitá-lo ao terceiro dia,
E as gotas de sangue a traduzir perdão.


18 fevereiro, 2011

POSTAGEM ESPECIAL SOBRE ZETO

ZETO

Cantor, Compositor, Teatrólogo e Poeta, natural de Canhotinho - PE, radicado em São José do Egito - PE
                                                         Meu Amigo
Certo dia encontrei-me com um amigo

Que deixou-me contar minhas tristezas,
Vendo nele ternura e sutilezas
Nos Braços que dele fiz abrigo.


Mesmo hoje depois de tantos anos

Nosso amor continua assim perene
Eu querendo que ele me envenene
E ele sendo o veneno dos meus planos.


Amizade igual nunca encontrei

Pois as vezes que eu o procurei
Estendeu o seu braço à minha mão


O amigo de quem falo não é gente

É divino, e pra mim foi um presente
Que o tempo me deu, meu violão.


Zeto do Pajeú





MORREU MARIA PREÁ!

A expressão MORREU MARIA PRÉA significa assunto encerrado, finalizado. O poeta Itanildo Medeiros explica a origem do ditado em poesia. Veja abaixo:

MORREU MARIA PREÁ

Esse ditado famoso
Comecei a pesquisá
Porque fiquei curioso
Depois de revirar tudo
Descobri com muito estudo
Resposta em banda de lata
Que um padre no interior
Tinha um chamego, um amor,
Um caso com uma beata

Bonita e muito formosa
Maria Preá era seu nome
Essa beata fogosa
Do padre tirava a fome
E sempre que ele podia
Com ela, ele se escondia
Pra poderem se agarrar
Mas um dia o sacristão
Flagrou os dois num colchão
O padre e Maria Preá

E depois dessa orgia
O padre perdeu o sossego
Todo dia o sacristão
Alegava este xamego
Chantageava o vigário
Fazia ele de otário
Ameaçando contar
Deixava o padre com medo
Que vazasse esse segredo
Dele e Maria Preá

Sem saber o que fizesse
Com o sacristão lhe explorando
Tudo que ele quisesse
O padre ia logo dando
Com medo que a cidade,
Descobrindo essa verdade
Ficasse escandalizada
Pediu a Deus uma luz
Pra lhe tirar dessa cruz
Dessa exploração cerrada

Até que um dia o vigário
Viajou ali pertinho
Foi rezar o novenário
Num município vizinho
Esqueceu de um documento
E notado o esquecimento
Parou no meio da estrada
Deu meia volta e voltou
E quando em casa chegou
Ah, que surpresa danada!!!

O padre entrou apressado
Na casa paroquial
Viu o sacristão curvado
De decúbito dorsal
Nu da cintura pra baixo
Por traz dele um outro macho
Numa movimentação
Que o padre, vendo, notava
Que o rapaz 'encaicava'
As fezes do sacristão

Assistindo aquela cena
Mas, lembrando do passado
O padre ficou com pena,
E também aliviado
Mas, mesmo com a vergonha
Daquela cena medonha
O padre gritou de lá
"Sacristão se oriente
Pois, pra nós, daqui pra frente
Morreu Maria Preá"

11 fevereiro, 2011



A EXISTÊNCIA DE DEUS  - POETA PEDRO BANDEIRA

A existência de Deus

Deus está nas idéias de Platão
Aristóteles, Confúcio, Cicero e Dante
Gutemberg, Barret, Galeno e Kant
Leonardo, Beethoven e Salomão
Quem afirma que Deus é ficção
É nocivo, pequeno e ignorante
Para o mundo é insignificante 
Porque Deus é a própria inteligência 
É a luz sublimada da ciência
Transformando uma célula num gigante

Deus está no sol quente e causticante
Nas camadas sutis e argilosas
Nas chapadas das serras arenosas
E nas cascatas do bosque horripilante
Nas jornadas saudosas do emigrante
Que se vive a sofrer não se mal diz
Deus existe no caule e na raiz
Na bondade, no amor, na esperança
E no sorriso inocente da criança
Que não sabe o que é ser infeliz

Deus está no voar dos colibris
Única ave que voa à marcha ré
Bota a marcha de força e não dá fé
Que a cabeça está perto do chassis
Deus existe nos verdes alcantis
E nos talhados globais que o mundo tem,
No chacal, no cancão e no vem-vem
Na floresta assombrosa e no arbusto
E na caneta de ouro do homem justo
Que não rouba um tostão de seu ninguém

Deus existe no mar com suas tonas
Nas colcheias dos vates nordestinos
Nos sussurros dos córregos cristalinos
E nas jazidas de ouro do amazonas
Nas ingênuas libélulas que são donas
Das gotículas de orvalho das manhãs
Nas gaivotas do mar, nas jaçanãs
No segredo do fogo e nas centelhas
E no zumbido sonoro das abelhas
Festejando um partido de “milhães”

Deus está no foguete e no avião
Nas emendas do paralepipédico
Na ciência das mãos do próprio médico
Que tentou transplantar um coração
No relâmpago, na chuva, no trovão
E nas fagulhas que vão na correnteza
Na paixão, na humildade e na nobreza,
Nos tecidos da teia da aranha
E no poeta no pé de uma montanha
Recebendo as lições da natureza

Deus existe em todos minerais,
Nos insetos nas aves e nos abrolhos,
Nas lanternas dos nossos próprios olhos
E nas camadas das nuvens pluviais
Na metamorfose nos rosais
Na essência da flor e no “paúlo”
Nas estrelas, no chão, no céu ‘azulo’
No escuro, no ar, na lua clara
No calor do deserto de Saara
E na frieza sem fim do pólo “sulo”

Deus está na criança abandonada
Que soluça com fome e não comenta
E no silencio do louco que senta
Na palhoça da beira da estrada
Nos rangido do remo da jangada
Que uma parte é molhada e outra enxuta
Deus está no preâmbulo da conduta
Do poeta que conta a sua história
E nas medalhas de ouro da vitória 
De quem parte pra o campo e ganha a luta

Deus existe em um cérebro eletrônico
Nos cristais que dão vida ao microfone
No mistério da voz do telefone
E nos artista atuais do mundo harmônico
Num piano melódico e sinfônico
Na energia atômica e na corrente
No progresso do mundo atualmente
Na caneta, na tinta e no papel,
E no milagre infinito da EMBRATEL
Que atira a imagem em nossa frente

Deus está numa máquina de escrever
Na mecânica da nova matemática
Na consciência tranqüila da gramática
E numa fita que fala e ninguém vê
Sua faixa estirar nem encolher
Entre a cor, a cadencia e a qualidade
Dependendo de ter velocidade
Ela grava, desgrava e pede bis
Da maneira que a boca humana diz 
Ela canta pra toda humanidade

Deus está nesse encontro entre nós 
Nos amigos que sentem meus problemas
Nos adultos que escutam meus poemas
E nas crianças que aplaudem a minha voz
Já esteve, ainda está, e logo após
Reunidos daqui viajaremos
Deus é tudo na vida o que nós temos
Crer em Deus é ter flores na memória
É saber que a morte é grande glória
Para a vida eterna que teremos!

CANTORIA EM CARUARU - VIOLA E DECLAMAÇÃO

04 fevereiro, 2011

ESTROFES DO DIA

Teclando com a poetisa Monique D'agelo a mesma disse estar sem inspiração e eu disparei a sextilha:

Não falta inspiração
A você pajeuzeira
Garanto que sai um verso
Rimado bom de primeira
Com uma dúzia de estrofes
Da rima mais verdadeira

Ela respondeu

Minha vida é rotineira
Galgada com muitas cores
Os meus versos tão sem gosto
Meu coração sem amores
E lágrima que as vezes desce
Retratando minhas dores.

Aí eu disse:

  Dos mais diversos sabores
  são plenos os versos seus
    Recheados de aromas
  Abençoados por Deus 
  Queria só um pouquinho
Do seu talento nos meus

Monique fechou:

Queria que os versos seus
Se transferissem pra mim
É muito mais poesia
O seu talento é sem fim
seu talento tem sabor
E eu queria o meu assim .

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Poeta Heleno Alexandre disse:


Com Cícero Moraes nossa poesia
Tem mais um espaço pra ser divulgada
Com vídeo que mostra baião e toada
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